Este blogue destina-se a acompanhar a realização do mestrado em Pedagogia do e-learning através de registo sobre os acontecimentos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Autenticidade e Transparência na Rede

Esta mensagem tem como objectivo ser uma síntese-conclusão da actividade desenvolvida na unidade curricular Educação e Sociedade em Rede do Mestrado em Pedagogia do Elearning em que o desafio lançado aos elementos do grupo 2 (Ana Torres, C. M. Elias, Joaquim Pinto, Nuno Miguel Oliveira e Tercília Assis) centrou-se em quatro questões aos que os elementos do grupo responderam:

1 - Em que medida a nossa identidade digital é um prolongamento da nossa identidade pública ou um campo alternativo de expressão de uma dimensão escondida da nossa personalidade íntima?

O princípio organizador da sociedade de informação é a própria identidade.
A identidade digital é um conjunto de dados que identificam um individuo dentro de um conjunto de indivíduos. Dados esses fornecidos pelos próprios portanto nada obsta à existência de diversas “identidades", sendo o ciberespaço caracterizado pela pluralidade de identidades que cada individuo poderá assumir.
A nossa identidade digital pode ser um prolongamento da nossa identidade pública ou um campo alternativo de expressão de uma dimensão escondida da nossa personalidade íntima ou ainda as duas coisas ao mesmo tempo. A projecção de identidades alternativas permite às pessoas trabalharem facetas de si próprias menos desenvolvidas.
Pode-se dizer que a mascara criada pelo indivíduo num mundo virtual, o discurso sobre si, os seus objectivos, os estilos de vida e, portanto também a identidade das pessoas acabam por ser reformuladas de acordo com os novos factos, eventos, experiências ou conhecimentos adquiridos.
Existem situações em que a utilização de uma falsa identidade  não tem o objectivo de prejudicar os outros, tratando-se apenas de uma representação daquilo que o indivíduo gostaria de ser na vida real e devido a condicionantes exógenas não o pode ser. Mas um dos grandes perigos é a apropriação da identidade de um indivíduo por outro, fazendo-se passar na rede, como se de outra pessoa se tratasse. 



2. - O perigo da fraude intelectual (ex.: plágio) aumentou com o advento da internet?

Assim como a web possibilita buscas e pesquisas muito mais amplas o perigo da fraude intelectual também é grande. Baseados nestas preocupações muitos programas para se detectar cópias e plágio têm surgido como por exemplo: Approbo; Ephorus; Viper
A União Europeia também está atenta a esta problemática tendo já legislado sobre esse assunto sendo que Portugal já transpôs para o ordenamento jurídico interno as respectivas Directivas.



3. - É possível alguma entidade particular ou alguém (e se sim, qual ou quem) controlar a rede?

Actualmente a rede mundial é administrada pela Internet Coporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), a qual é uma organização de direito privado sem fins lucrativos que é submetida à lei vigente no Estado da Califórnia e é controlada pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
O grande controlo da rede é exercido pela ICANN sendo este baseado num dispositivo técnico constituído por 13 poderosos computadores denominados de servidores raiz instalados quatro na Califórnia, seis próximos de Washington, dois na Europa (Estocolmo e Londres) e um no Japão (Tóquio).
No entanto, não me parece existir uma entidade que consiga controlar a rede. A criação de domínios é controlada mas qualquer pessoa pode comprar um domínio sem passar por qualquer processo de validação dos dados pessoais ou comerciais que fornece.


4. - Em que medida a rede é segura e em que medida a informação nela partilhada é confiável? Quem o pode garantir?

No que diz respeito à fiabilidade da informação os utilizadores devem estar atentos à fiabilidade das fontes de informação, preferindo conteúdos alojados em sites oficiais, artigos científicos e livros de autores frequentemente citados, em detrimento de fontes de origem dúbia.

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